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Querido Portugal, gostaria de falar contigo um pouco. Tens uns minutos para mim? Parte 1 Primeiro, devo dizer que és incrível. És um dono acolhedor, simpático e atencioso,o dono que sabe escolher a maneira certa e especial para tratar cada um. Possuis tudonecessário para isto: tantos palácios e igrejas os quais se lembram de Afonso Henriques,Cabral e V. da Gama, tantos jardins e praias bonitos para carpe diem, tantos vinhos bons efados para cuidar de um coração, seja um ferido ou alegre. És assim, sim, mas não só.Poucos vêem o que fica atrás do teu rosto alegre e gentil, dentro de ti. Eu vi, eu conheciisso. Eu conheci isso, sim. Um dia em Braga encontrei numa parada de ônibus uma senhora velha. O rosto dela era atraente e elegante: ela deve ter sida muito bonita najuventude. Ela era simples, parecia um pouco melancólica e fechada, mas é só pela primeravista. Já no ônibus, de voz baixa e calma, contou ela sobre a sua vida, uma vida tranquila edura com o passado rígido. Mas apesar disso, podia-se sentir o espírito da enorme cordialidade dela. Ela é tão orgulhosa da sua cidade: parecia que ela conhecia as históriasdesde os tempos de São Fructuoso, as histórias de cada casa, de cada pedra, de cadaárvore do lugar que ela ama tanto! Cada vez, quando o ônibus passava por uma casaantiga ou igrejinha, ele sempre encontrou o que contar. Contou ela sobre osfilhos-peregrinos que tinham partido do lar para novas descobertas. Palavra a palavra, o gelo da primeira impressão desapareceu do rosto dela e um sorriso morno embelezou-o.Orientou-me na cidade, abençoou-me e desceu. Desci sorrindo. #saudadedeportugal #portugal2018